terça-feira, 15 de novembro de 2016

Ser estilista em Cabo Verde é um desafio

Foto DR
 Nos últimos tempos o mundo da moda tem ganhado espaço em Cabo Verde. Embora com inúmeras dificuldades, vários são os estilistas que tem vindo a conquistar o mercado da moda, através de diversas criações.

Falta de matéria-prima e fraco poder de compra são apontados como as maiores dificuldades para essa profissão que tem vindo a ocupar espaço na nossa sociedade.
Cindy Monteiro e Adele Pinto Gomes são exemplos de jovens que escolheram o mercado cabo-verdiano como palco das suas criações e que têm lutado dia-a-dia para desenvolver este ramo no país.

Cindy Monteiro é filha de pais cabo-verdianos e nasceu na Suíça. Conta que a paixão pela moda é algo que veio desde a tenra idade.

A estilista conta que em 2013 criou a sua própria marca, conhecida por CM. Caracteriza-a como uma marca com um estilo peculiar e único e que já ganhou espaço no mercado, uma vez que tem sido a preferência de diversas personalidades.

Cindy Monteiro afirma que a moda é um ramo mais direccionado aos países de “luxo” e que em Cabo Verde é extremamente difícil viver disso, já que, conforme diz, temos uma economia de subsistência e o poder de compra dos cabo-verdianos é muito fraco. Sendo assim, afirma, que nestas situações o estilista é confrontado com o problema de clientela.

Foto DR
Outra estilista que escolheu o mercado cabo-verdiano para desenvolver e criar as suas peças é Adele Pinto Gomes. 

Veio de Guiné-Bissau há meses e desde essa data tem feito um enorme esforço para divulgar a sua marca. O maior problema encontrado, conta a estilista, é o acesso à matéria-prima. “É muito difícil encontrar tecidos para confeccionar roupas. Tenho sempre que os exportar de outros países”, conta.

Embora com todas as dificuldades, as estilistas afirmam que a luta continua e que a maior ambição é levar as marcas a outras paragens.


Por: Teresa Pinto

Sem comentários:

Enviar um comentário