Quando o assunto é artes plásticas em Cabo Verde,
nomes sonantes vêm à mente. Entre os quais Kiki Lima, Tchalé Figueira, NelaBarbosa, Danny Spínola, entre outros. A arte que é feita por eles é conhecida e
reconhecida a nível nacional e internacional.
Foto DR |
São outros tantos que, com lápis e pincéis,
poisam sobre uma tela assuntos mil. A história
da pintura cabo-verdiana ganhou os seus contornos após a independência
nacional, em que houve uma massificação e encorajamento no sentido de se
investir em tudo o que seja cultura nativa, tendo, por conseguinte, surgida na
fase do grito de liberdade e de busca das raízes.
Actualmente
as artes plásticas em Cabo Verde abrange centenas de criadores e a cada ano
surgem novos nomes a tentar conquistar o seu espaço num mercado escasso, mas
bastante dinâmico.
Exemplo
disso é o jovem Yuran Henrique, um amante de artes plásticas. Segundo o
artista, a sua paixão pela arte nasceu a partir do momento que começou a ler banda
desenhada e começou também a tentar fazer, e isto sempre fez parte das suas
raízes familiares desde criança.
Nas
suas obras, Yuran retrata a sua vida e o quotidiano ao seu redor, nomeadamente
as suas emoções, os seus pensamentos e os diversos problemas que a sua
comunidade enfrenta nos dias atuais. “Pretendo transmitir a vida tal como a
vivo. Eu não concebo o artista fora da sociedade, em termos teóricos um artista
é sempre um ser (homem ou mulher) que vive numa sociedade. Portanto o que é o
artista? O artista é aquele que é, o porta-voz dessa pequena ou grande
comunidade, é um porta-voz do tempo que vive, é um porta-voz da sociedade em
que está integrado e onde deve procurar estar profundamente ambientado nessa
sociedade”, afirma.
Henrique
ainda diz que deve também fazê-lo com honestidade. Que isto o levará a
transmitir a interpretação da vida, de si próprio, dos outros e do mundo que o
rodeia, isto é, “a arte é uma posição política na medida em que o artista toma
a posição de porta-voz, mas é também um exercício de crescimento de
conhecimento, a arte é um exercício de conhecimento das coisas, dos fenómenos
das pessoas, dos sentimentos e das coisas”, realça o jovem.
Yuran
Henrique carateriza-se como um pintor apaixonado, jovem e determinado fã de
Xand Silva isto porque diz que faz grandes exposições “que nos puxam pelos
cabelos e nos arrastam pela estrada da nossa interioridade em busca de um
sonho, de uma fantasia, ou mesmo de um silêncio ou de um grito que nos permite
a intelecção do que vemos e, consequentemente, uma interpretação mais comedida
com a intuição inconsciente ou conscientemente processada pelo artista e pela
sua estética sugestiva, psicanalítica”, explica.
Yuran
deixou um apelo aos colegas artistas pedindo que estes exercitam a sua criatividade
e trabalhem suas emoções e pensamentos independentemente da qualidade que os
coloque num quadro a base de tintas.
Hoje
na pintura insere-se uma quota parte dos artistas nacionais e estes têm colocado seus trabalhos em muitas exposições, não só em Cabo Verde,
como também em países como Portugal e Estados Unidos o que vem dando-lhes
mérito e reconhecimento.
Por: Larice Freire
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