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O
grupo musical “cordas do sol” é considerado uma das maiores referências da
música tradicional cabo-verdiana.
O grupo foi criado em Santo Antão, no ano de
1994, por um grupo de amigos que se encontravam nos tempos livres, com o
objetivo de fazer serenatas em noites de luar. O objetivo primordial da criação
da banda era retratar a história de Santo Antão através da música.
Foi
através do contacto com os mais idosos que recolheram tradições orais, costumes
e anedotas que retratam a vida rural dos tempos passados e resgataram
expressões e formas de tocar caídas em desuso. Dos estilos musicais herdaram a
mazurka, cola-sandjom, coladera e morna, adaptando-os aos instrumentos
contemporâneos. As
guitarras, o cavaquinho, as percussões e as vozes dão vida ao grupo. No
entanto, fazem parte da banda instrumentos mais rústicos e antigos, como o
banjo.
Em
2000 lançaram o primeiro álbum, intitulado “linga de sintonton” que, segundo o
fundador do grupo, Arlindo Évora, rapidamente caiu no gosto do público. Dois
anos depois lançaram o segundo disco “marijuana”, mais bem elaborado
tecnicamente, segundo Évora. Rapidamente a banda conquistou vários palcos,
troféus e nomeações.
Em
2009, cordas do sol apresentou aos fãs “lume de lenha” considerado por muitos o
maior disco de toda a história da banda. O álbum chegou depois de uma
reformulação profunda da banda, com mais vozes e instrumentos semi-acústicos.
“Namontanha” é o nome do último trabalho do grupo, lançado em 2015. Este álbum,
segundo Arlindo Évora, traz um “cordas do sol” mais robusto, com canções da
natureza, mais tranquila, onde valoriza as suas vozes em coros e aborda temas
do mundo rural, globalização, política de circulação, ambiente do mar ou de
montanha, com homenagens à Cesária Évora, ao grupo teatral “juventude em marcha”
e ao grupo musical Mixcultura.
O
grupo já venceu 4 prémios na gala CVMA, para além de outros diplomas de mérito.
Por Teresa Pinto
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