A crise afetou as compras na quadra festiva de Réveillon. No dia 31 de Dezembro no Tarrafal o movimento nas boutiques e na sucupira foi intenso. Contudo, as compras são poucas em comparação aos anos transatos.
Os
chineses são os únicos que não queixam da pouca venda, visto que os preços são
acessíveis. Na perspetiva da comerciante Atxi há muita procura e as pessoas estão
à procura de roupas a preços acessíveis.
“Há
muita procura aqui, as pessoas não vão para as boutiques porque os preços são muitos elevados. Já vendemos muitas
roupas e sapatos sobretudo as que são da cor branca”.
A
falta de dinheiro e os preços exorbitantes são algumas reclamações dos compradores.
A compradora Simone Garcia afirma que os produtos estão a preços exagerados.
“Os vestidos, sapatos estão muitos caros, a mesma peça encontra-se na internet a
preços muito mais acessível, sem contar que não há dinheiro para comprar tantas
coisas”.
O mesmo cenário é visível na boutique América.
Gracinha Leger afirma que há pouca compra. “Uns compram e outros dão apenas uma
olhada, em comparação aos anos passados vendemos muito pouco”.
A
mesma opinião tem as vendedeiras que deslocam das outras cidades e vão vender
no Tarrafal. “Vender no Tarrafal já não é a mesma coisa. Antes não existia
produtos que chegavam para vender aqui, mas hoje as pessoas vão para comprar as
roupas nas cidades vizinhas, como Praia e Assomada”, afirma a comerciante Sabina
Morreira. De realçar que nesta época as lojas chinesas e as boutiques ficam abertas até a noite para tentar vender alguma coisa.
Por: Miqueila Lopes
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