Situada a 12 quilómetros da
atual capital, encontra-se Ribeira Grande de Santiago, um vale verdejante, às bordas
do mar, cujos monumentos são testemunhos dos seus antepassados. Foi a primeira
cidade construída pelos Europeus, na
África subsaariana. A Cidade Velha é considerada o berco da cabo-verdianidade e
da mestiçagem. Desempenhou um papel preponderante no apoio à expansão
portuguesa, no desenvolvimento do comércio internacional e da navegação de
longo curso entre os quatro cantos do mundo.
De
entre inúmeros tesouros que a cidade possui, a Rua de Banana é uma delas. É a
primeira rua de urbanização portuguesa nos trópicos, é a rua que conduz a mais antiga igreja, Nossa Senhora do Rosário.
Nesta
rua moravam os grandes proprietários de terras de Santiago e de Fogo.
A rua considerada como um marco histórico e
cheio de histórias, um dos traços originais que a cidade preserva, atualmente
os edifícios da mesma sofreram remodelações.
Para o
Diretor do Urbanismo da Câmara Municipal local, Amândio Tavares, as
remodelações dos edifícios típicos da Rua de Banana vem na sequência de oferecer
uma nova figura as casas não deixando perder os traços históricos e as características
arquitectónicas. “ A rua de Banana é a mais antiga da cidade e apresenta uma
identidade local emblemática. Todavia, a ideia das remodelaçoes dos edifícios
nao quer dizer vao perder os aspectos históricos e aquilo que representava para
a cidade e o país”, salienta.
Acrescenta
ainda que, “ as casas só vão sofrer pequenas modificações, no que tange a
cobertura introduzindo novas palhas, reformas das faces das paredes, com o
objetivo de oferecer uma nova cara aos edifícios e promover uma vista mais
agradável a Rua de Banana”.
No
tocante, aos aumentos dos pisos dos edifícios, Tavares alega ser uma questão alarmante,
devido a persistência dos moradores em quererem aumentar os pisos mais cedo ou
mais tarde. “Isto é uma demanda inadimicível pelo fato da rua ser muito
estreita e não ter condições para receber edifícios, a não ser raíz do chão”,
diz.
Contudo,
realça que a Rua de Banana preserva uma imagem original de toda história da
cidade e consequentemente, poderá amenizar a relevância que a figura representa
e a sua atratividade.
Segundo
Técnico de Arquitetura da Câmara de Cidade Velha, Adilson Pereira, qualquer
remodelação venha a complementar uma construção. “A finalidade das reformas dos
edifícios, é manter as caraterísticas arquitetónicas antigas, visto que as
casas foram feitas de pedras secas e cobertas de palhas, logo as remodelações
serão feitas a base dos mesmos materiais, a propósito de oferecer aos edifícios
uma aparência típica e aliciante”, afirma.
A Cidade Velha um sítio
histórico considerado o berço do património Mundial, em 26 de Junho de 2009,
pela UNESCO.
Edna Veiga
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