segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

‘‘ Abusos sexuais de menores ocorre na família’’

Por: Domingas Andrade

Os abusos sexuais contra menores em Cabo Verde acontece muitas vezes nos seio familiar,  segundo um estudo apresentado no Jornal expresso das Ilhas, indicando-se que os crimes contam com a invisibilidade social e o silêncio familiar. Os abusos ocorrem dentro da família e as vezes são praticados em casa, por parentes e familiares, como o pai, padrasto, tio, primo, irmão, avó, num vínculo que inclui ainda cunhado, marido da tia, pai da irmã menor etc.

Em outros casos, os abusos foram praticados por vizinhos a quem, na sua grande maioria, se confiava os cuidados das menores e ou adolescentes.

Durante a investigação verificou-se que 07% dos crimes acontecem nas escolas e são praticados por professores e guardas, e  apenas 09% das vítimas (95% das quais do sexo feminino), são desconhecidas do agressor.

Relativamente ao perfil, conforme o estudo que foi feito, todos os condenados por abuso sexual em Cabo Verde são do sexo masculino, que afirmaram, porém, que foram abusados na infância por mulheres e por homens.

O estudo concluiu que a idade do cometimento do crime vai dos 16 aos 70 anos, 99% dos agressores sexuais são solteiros, a maioria é natural da Praia e o nível de escolaridade é variado.

É de se notar que são vários os fatores que estão na base da problematica, como por exemplo: uso contínuo do álcool, desemprego e emprego precário, história de vida conflituosa, relação forçada na infância, dominação masculina, segredo de família, fragilidade de suporte parental.

O documento elaborou ainda recomendações para combater a prática, como alterações nas leis, acolhimento mais eficaz da família, mais segurança nos espaços frequentados por crianças, programas de reinserção social, acompanhamento do agressor, capacitação de técnicos que trabalham com a problemática, prevenção e sensibilização e protecção das vítimas.

É preciso a colaboração por parte dos familiares, ou da própria pessoa que é vítima, em denunciar o agressor e tomar medidas serias que possam colmatar este fenómeno.


Rua de Banana um dos tesouros do berço da cabo-verdianidade



Situada a 12 quilómetros da atual capital, encontra-se Ribeira Grande de Santiago, um vale verdejante, às bordas do mar, cujos monumentos são testemunhos dos seus antepassados. Foi a primeira cidade  construída pelos Europeus, na África subsaariana. A Cidade Velha é considerada o berco da cabo-verdianidade e da mestiçagem. Desempenhou um papel preponderante no apoio à expansão portuguesa, no desenvolvimento do comércio internacional e da navegação de longo curso entre os quatro cantos do mundo.

De entre inúmeros tesouros que a cidade possui, a Rua de Banana é uma delas. É a primeira rua de urbanização portuguesa nos trópicos, é a rua que conduz a mais antiga igreja, Nossa Senhora do Rosário. Nesta rua moravam os grandes proprietários de terras de Santiago e de Fogo.

A rua considerada como um marco histórico e cheio de histórias, um dos traços originais que a cidade preserva, atualmente os edifícios da mesma sofreram remodelações.

Para o Diretor do Urbanismo da Câmara Municipal local, Amândio Tavares, as remodelações dos edifícios típicos da Rua de Banana vem na sequência de oferecer uma nova figura as casas não deixando perder os traços históricos e as características arquitectónicas. “ A rua de Banana é a mais antiga da cidade e apresenta uma identidade local emblemática. Todavia, a ideia das remodelaçoes dos edifícios nao quer dizer vao perder os aspectos históricos e aquilo que representava para a cidade e o país”, salienta.

Acrescenta ainda que, “ as casas só vão sofrer pequenas modificações, no que tange a cobertura introduzindo novas palhas, reformas das faces das paredes, com o objetivo de oferecer uma nova cara aos edifícios e promover uma vista mais agradável a Rua de Banana”. 

No tocante, aos aumentos dos pisos dos edifícios, Tavares alega ser uma questão alarmante, devido a persistência dos moradores em quererem aumentar os pisos mais cedo ou mais tarde. “Isto é uma demanda inadimicível pelo fato da rua ser muito estreita e não ter condições para receber edifícios, a não ser raíz do chão”, diz.
Contudo, realça que a Rua de Banana preserva uma imagem original de toda história da cidade e consequentemente, poderá amenizar a relevância que a figura representa e a sua atratividade.

Segundo Técnico de Arquitetura da Câmara de Cidade Velha, Adilson Pereira, qualquer remodelação venha a complementar uma construção. “A finalidade das reformas dos edifícios, é manter as caraterísticas arquitetónicas antigas, visto que as casas foram feitas de pedras secas e cobertas de palhas, logo as remodelações serão feitas a base dos mesmos materiais, a propósito de oferecer aos edifícios uma aparência típica e aliciante”, afirma.

A Cidade Velha um sítio histórico considerado o berço do património Mundial, em 26 de Junho de 2009, pela UNESCO.
 Edna Veiga


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Ano novo: A esperança de mudar de vida


A chegada de mais um ano traz novas esperanças porque afinal é um ano que todos esperam. Melhor dizendo é a oportunidade de melhorar a vida, de fazer todas as coisas boas e realizar os desejos (sonhos) que não concretizaram no ano que chegou ao fim.


A esperança de cada um não é diferente. Todos querem que as suas vidas melhorem. Alguns querem encontrar familiares distantes, outros querem viajar para países diferentes e a  maioria dos jovens querem encontrar meios para continuar os estudos.

O ano novo traz tudo isso. A esperança de fazer coisas boas e esquecer as erradas. Sempre quando chega o ano novo é uma alegria mas o ano 2017 será diferente. Todos estão muitos felizes por terem entrado em mais um ano com saúde e paz.

Segundo Elton Martins, estudante universitário, o novo ano 2017 será um ano de muitas bênçãos. É o ano em que vai terminar o seu curso e espera encontrar trabalho. Participar em alguns concursos universitários também é um dos seus objectivos.


A esperança de terminar o curso também é um dos objectivos da Maria Cristina dos Santos. O que ela mais quer encontrar um bom trabalho para ajudar a irmã. Quer que este ano seja um ano de sonhos que todos os seus desejos se realizem. Sabe que vai encontrar os desafios durante o seu percurso mas ela acredita que tudo correrá bem basta confiar em Deus.

O ano novo não significa só o nome mas sim um recomeço. A esperança de fazer o melhor a cada dia. Enfrentar desafios e conquistar os  desejos. 
Silvana Agues

Exercício – Arquitetura informação para a WEB.

Planifique a criação de um website, elabore a estrutura de conteúdo e de navegação e apresente uma proposta de layout.

Fase 1- Planificação
Qual o Tema/assunto do website?
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Qual o endereço do site?....................................................................................................................................

Público-alvo do site? …………………………………………………………………………………………………………………………………..……..


Qual o objetivo da criação do website?....................................................................................................................
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Qual a expectativa do cliente com a criação do website? …………………………………………………………………………..….…….
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Que conteúdos os usuários do site gostariam de encontrar? ………………………………………………………………………………….
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Desenvolvimento de conteúdos
Que conteúdos serão disponibilizados?
Informacionais:………………………………………………………………………………………………………………………………………….. .…………………………………………………………………………………………………
Interativos:………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Transacionais:……………………………………………………………………………………………………………………………….……..…..

Promocionais (peças publicitarias):……………………………………………………………………………………………..…………..
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Fase 2. Storyboard (estruturação, classificação e categorização das informações)


Com os dados acima, e tendo em atenção os princípios da arquitetura de informação para a WEB, numa folha A4, elabore um storyboard.




Fase 3. Layout








quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Lúcio Antunes divulga lista dos pré-convocados para amistoso com Marrocos



Por: Sidney Cardoso

Lúcio Antunes divulgou a lista de 25 pré-convocados para o jogo amigável, no dia 17, em Rabat, frente a seleção de Marrocos, em preparação para o CAN 2017- destinada à jogadores residentes das seleções nacionais africanas.

Lista de pré-convocados:

Guarda-redes - Nilson (Boavista da Praia), Dorivaldo (Académico do Sal) e Kelvi(Sporting da Praia)

Defesas - Romário (Aves, Portugal), Kiki (Oliveirense, Portugal), Ady (Académica Porto Novo), Idelvis (Mindelense, São Vicente), Admar (Sporting da Praia), Fache (Mindelense, São Vicente) e Norton “Djack” (Académico do Sal).

Médios - Dario (Mindelense, SãoVicente), Fifa (Académico do Fogo), Oceano (Académica Porto Novo), Duke (Derby, São Vicente), Arlindo ´Tchubasco´ (Boavista da Praia), Josimar ´Stehb´ (Praiense, Portugal), Tom (Académica de Coimbra, Portugal) e Maniche (Mindelense, São Vicente).

Avançados: Jovane (Sporting, Portugal), Latche (Mindelense, São Vicente), Rody (Santa Maria), Kukula (Vizela, Portugal), Patrick (Oliveira de Hospital, Portugal), Chibaca (Boavista da Praia) e Killy (Sporting da Praia).

A concentração está marcada para o dia 9 deste mês, no centro de estágios da FCF na cidade do Mindelo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Palmarejo: comerciantes da “rua pedonal” sentem-se abandonados

rua pedonal do Palmarejo
 A rua pedonal do Palmarejo foi inaugurada em Setembro de 2015, pela Câmara Municipal da Praia (CMP). Um dos objetivos da criação do local foi receber as pessoas que vendiam na praça do Palmarejo. Esta mudança provocou uma revolta no seio dos negociantes,devido à sua localização. Explicam que o local não favorece o negócio, já que, não há muita movimentação. 


Passado mais de um ano,os comerciantes dizem sentir-se abandonados pelos clientes e pela edilidade. Dizem ainda que as vendas caíram muito, conforme explica uma das vendedeiras que não quer se identificar: “Desde que fomos transferidos para cá as vendas caíram e muito. Temos poucos clientes e   perdemos grande parte dos que tínhamos na praça.” A vendedeira afirma que a CMP não pensou bem quando escolheu o lugar, já que, conforme explica, é mal localizado. “Não há muitas pessoas circulando por aqui. A maioria é estudantes e não têm dinheiro, remata a entrevistada. A supracitada afirma que as vendas caíram e que mesmo na época natalícia não vendeu muito, comparado com os anos anteriores. 

José Monteiro é outro comerciante da rua pedonal. Conta que o espaço tem melhores condições para a venda, mas que, em termos de clientes é muito fraco. “ Aqui quase que não se vende. Tenho um bom espaço para expor os meus produtos, mas a cada dia que passa, vendo em menor quantidade, mesmo nesta época festiva”, explica o entrevistado.
Nota-se que alguns negociantes abandonaram o local e muitas estantes estão vazias. Os que ainda continuam no local afirmam que não têm para onde ir e que dependem exclusivamente das vendas para sobreviverem. 




Teresa Pinto 

Cidade Velha acolhe projeto cultura como fator de inserção social e económica



A Eropaid é o gabinete do projeto “A cultura como fator de inserção social e económica no município da Ribeira Grande de Santigo”, desenvolvido pela ONG CITI-Habitat em parceria com a Câmara local e conta com o apoio da União Europeia.
O projeto visa promover a Cidade Velha como pólo de atração turística e estimular o empoderamento socioeconómico das famílias e das comunidades, no sentido de valorizar o património que existe e tirar o seu proveito.
O grupo alvo do projeto são jovens desempregados e mulheres chefes de família, e o propósito é criar riquezas para o bem das próprias famílias. 
Para João Pinheiro um dos técnicos, o projeto está a ter um resultado além do esperado, visto que o plano era formar 100 jovens. Contudo conseguiram formar 140 o que representa, no seu entender, um ganho para o município.
Dentro da filosofia do projeto, foram identificadas algumas áreas necessárias para o desenvolvimento da Cidade Velha. Por isso, a autarquia está a apostar na formação dos jovens em diversas áreas como, hotelaria, pastelaria, turismo, animação turística e cultural e guia de turismo de forma a criar condições necessárias para que os turistas possam ter acesso a um bom serviço.
 Na perspetiva de João Pinheiro, os impactos desses tipos de projeto podem ser avaliados a médio e a longo prazo. Entretanto, avança que pode-se verificar alguns indicadores que são favoráveis particularmente na área da formação. “Neste momento, os jovens que já concluíram a formação e que queiram aceder ao microcrédito estão a recorrer a um serviço da CITI-Habitat que é um serviço de microfinanças para se obter financiamento e montar o seu próprio negócio, o que dá aos jovens uma certa autonomia a nível económico e social”; refere. 

Projeto abre portas de Emprego
No centro da Cidade Velha, no largo do Pelourinho, avista-se um quiosque decorado de cor branco e lilás, fruto de um projeto desenvolvido por um grupo 3 de jovens que receberam a formação no âmbito do projeto “A cultura como fator de inserção social e económica no município de Ribeira Grande de Santiago”.
 Após a formação, Jaqueline Mendes, Maria Isabel e Dulcelina Monteiro, recorreram ao empréstimo da CITI-Habitat e criaram os seus próprios negócios.
A empreendedora Dulcelina Monteiro declara que “no início, apenas vendia-se pastéis. Nos fizemos a formação na aérea de culinária e pastelaria, mas estávamos algum tempo desempregadas. Por causa disso, resolvemos criar uma sociedade, recorremos ao empréstimo e montamos este quiosque. Agora, para além do pastel serve-se almoço, e vende-se bebidas e outras coisas neste espaço”.
A concorrência é uma das dificuldades que estas empreendedoras enfrentam. Maria Isabel, afirma que ”o negócio está a correr bem, mas apenas os “turistas di praia” é que consomem. Os turistas estrangeiros, normalmente, não consomem aqui, porque os guias turísticos levam-lhes para outros restaurantes mais sofisticados. Todavia, como somos empreendedoras criamos e inovamos todos os dias”, conta.
O projeto, que tem a durabilidade de três anos, começou em Julho de 2014 e termina em Fevereiro do próximo ano. 
Por: Miqueila Lopes